Tuesday 17 July 2012

Mário da Silva Coelho - “Constantemente” (1960)

Se eu olho para ti constantemente
Não é por meu querer, oh! crê que não,
Meus olhos como duas gralhas são
Cansadas de voar ao sol ardente.

Querias que pusesse em toda a gente,
Sobre o mar, nas palmeiras, na amplidão,
Os olhos que me guia o coração
A bater, a bater por ti somente!

Um doce encanto os leva docemente...
Nunca meus olhos corem tua face,
Poema ou ária e escultura bela.

Meus olhos dum olhar tão inocente.
Eu olho para ti como se olhasse,
Para uma flor ou para uma estrela.

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